Trilhos perenes
Este Blog é dedicado a divulgação das produções e histórias de Zé do Trilho, o poeta peregrino.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Ah, como é belo o mar
quarta-feira, 16 de março de 2011
Uma tal de "modernidade"
terça-feira, 15 de março de 2011
O princípio
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
A Herança do Eldorado
guerras dos livros de história,
coragem, dor, fé e glória,
por metais que nas coroas dormirão.
Conquistadores de sangue,
os cavalheiros de Cortez,
do arguto Pizarro,
ao amante de Inês.
No esplendor do alto plano,
dos reverenciadores do astro rei,
eis que surge dos quatro cantos,
os que por Cristo impõe sua lei.
O principe Athaualpa,
e seu séquito de valor,
a prisão em Cajamarca,
o princípio do ardor.
Melinche, audaciosa mulher,
com palavras fez-se encanto,
despertou o amor do homem branco,
e sacrificou a grandeza de seu povo.
Os caídos continuam calados,
presentes nas memórias dos vencidos,
ao historiador cabe ressurgí-lo,
recuperar a herança do eldorado
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Sentimento unificador
Eis que no dia em que se encontrou com a rosa, ela sussurrou ao ouvido do eremita: Fé!
Não compreendeu. Há tempos vinha a refletir sobre o acontecido, pois procurava observar sinais e assim examiná-los, entendê-los. Por muito raciocinou, todavia, pereceu.
Um dia sentiu falta da rosa, da sua beleza e da delicadeza de sua voz. Contudo, à distância não o fez sentir a ausência apenas por uma atribuição da razão, sentiu algo diferente que partiu do pulsar de seu cordis. O tom gerou movimento em seu peito de dor e felicidade. A dor do prezado ser não estar ali, a felicidade resumida na sua simples existência, corroborada pela alegria dela a ter cativado. O sentimento unificador era uma estranha lembrança que vinha do peito, da mente unida ao coração como uma espécie de arte do cultivar. A certa altura, lembrou-se que conheceu um velho marinheiro, contador de histórias, que dissera que muitos anos atrás, durante as Grandes Navegações Portuguesas, seres desprovidos de medo lançaram-se ao mar em busca de grandeza e deixaram o seu futuro ligados a coragem de experimentar o novo. Sentimento mutuo de dor e admiração emergiu entre os que partiram e os que ficaram, e os conectou pelo amor a cada um e a causa maior. Disse que um grande mestre da literatura daquele país resumiu tal movimento com uma palavra denominada “saudade”. Interessou-o um pensamento em que relacionou a coragem ao coração. A lembrança o fez ir às lágrimas. Agradeceu a oportunidade de tal encontro, que até aquele momento ainda não havia feito sentido, mas que finalmente vinha a compreender. Não escondia a emoção por enxergar as capacidades da natureza. Reconheceu que o sentia era saudade da rosa e assim lembrou-se da fé.
A chave da compreensão partia da inexistência da lógica no entendimento da fé. Pois ela parte do coração pela capacidade de abstração que vai além das habilidades mentais. O sentimento envolve a mente e vai além, é atributo do espírito.
Compreendeu assim as palavras da rosa, pois enxergou além do visível, do aparente possível. Sentir a conexão o deu a convicção que por seu coração sincero, encontraria novamente a rosa, mesmo em aparente caminho pedregoso em que estava.
Feliz por sentir saudade, experimentou o metafísico e gostou.
Caminha ainda distante, porém, convicto que a leveza está no poder de acreditar, no poder de amar.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Tom de Maria, Maria de Tom
Eis breves palavras de seu irmão, em sincera homenagem a esse marcante momento.
Maria partiu para Campo Grande embarcada em emoção, para presentear-se no casamento de especiais amigos. Envolta em pensamentos, buscou desvendar seu verdadeiro sentimento para expressar em letras as batidas do coração. Pois foi o que sentistes quando conheceu seu futuro marido, Tom. Foi concentrada no pulsar, intuída em se encantar pelo movimento cordial de seu órgão vital que procurou expressar essa história que se constrói em laços de harmonia. Ouviu um primeiro tom, e viu um olhar. Uma energia cativante fluiu pelo ar, e trouxe sorriso sincero que aflorou em cativar. Ao segundo, uma ação. A sorte já lançada trouxe a responsabilidade de se aproximar, a necessidade de cultivar o que tocou o coração. O primeiro toque na mão acompanhou o terceiro tom, pois a intensa troca de energia lhes garantiu a existência de grande conexão. O quarto veio como forte batida, reflexo do abraço acompanhado do primeiro beijo que lhes trouxe a certeza de querer zelar por aquele jardim. O inicio do namoro iniciou processo de conhecimento mais pleno, lhes trazendo maior ciência do caminho que começavam a trilhar, e esse foi o quinto tom. Um iluminar foi o que lhe veio ao escutar o sexto pulsar. Importante decisão de seguir em união, consagrando em matrimonio o amor em fiel compromisso de respeito e carinho. Ao sétimo tom, ouviu sem nome. O Tom de Maria refletiu dia de alegria, sorriso aberto, grande coração, atitude verdadeira, sentimento grandioso que a fez ter a certeza que a Maria é de Tom.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Diga lá, coração
Caminhos como as linhas dessa mão
Vontade de chegar
E olha eu chegando!
E vem essa cigarra no meu peito
Já querendo ir cantar noutro lugar.
Diga lá, meu coração
Da alegria de rever essa menina,
E abraçá-la,
E beijá-la.
Diga lá, meu coração
Conte as estórias das pessoas,
Nas estradas dessa vida.
Chore esta saudade estrangulada
Fale, sem você não há mais nada
Olhe bem nos olhos da morena e veja lá no fundo
A luz daquela primavera.
Durma qual criança no seu colo
Sinta o cheiro forte do teu solo
Passe a mão nos seus cabelos negros
Diga um verso bem bonito e de novo vá embora
Diga lá, meu coração
Que ela está dentro em peito e bem guardada
E que é preciso
Mais que nunca
Prosseguir,
Prosseguir.
Espere por mim, morena
Espere que eu chego já
O amor por você...
Diga lá, meu coração
Que ela está dentro em peito e bem guardada
E que é preciso
Mais que nunca
Prosseguir,
Prosseguir.
Espere por mim, morena
Espere que eu chego já
O amor por você, morena...
Espere por mim, morena
Espere que eu chego já
O amor por você, morena...
Gonzaguinha fora gênio da música brasileira, sua obra "Diga lá, coração" és deveras significativa para o blogueiro, por isso estás aqui postada.
Desfrutem!